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Seria um grave erro conceitual afirmar que no Brasil a lei da Pena Capital não está em vigor. Ora, o que vemos é exatamente o contrário. A Pena de Morte está efetivamente implantada no país, mas não é extensiva a toda população. Ela é uma ação de violência extrema, imposta aos negros que nascem e sobrevivem miseravelmente nas periferias de nosso país.

Da mesma forma como acontece aqui, também acontece acolá, em outras partes do mundo. Tanto cá quanto lá, a Pena Capital é quase que exclusivamente imposta aos habitantes excluídos, que não dispõem de condições de vida digna e que se amontoam nos bairros pobres e nos guetos do mundo.

A Pena Capital não mata a pessoa somente por meio de uma arma de fogo que, disparada por um agente do público ou não, perfura a cabeça e órgãos vitais das populações negras vitimizadas. Tampouco somente pelo joelho do policial que sufoca o cidadão negro imobilizado e mata por asfixia alguém que se encontra detido sob a tutela do Estado.

O disparo ou outra forma de assassinato é apenas a consequência da ação de letalidade instalada, cuja causa principal origina-se na falta de justiça, falta de oportunidades, adoção institucionalizada de padrões de discriminação racial e perpetuação do preconceito; situações que fecham as portas do desenvolvimento econômico para o povo negro, empurrando-os cada vez mais para o abismo da exclusão social.

Essa é a dura realidade, nua e crua, para um grande contingente populacional de nosso país, constituído principalmente por pessoas da etnia negra que vivem abandonados à própria sorte e não têm outra opção a não ser se sujeitarem a viver em condições sub-humanas. Se junta a isso a existência de várias omissões e injustiças praticadas contra o povo negro, sendo que poucas vezes temos forças e adesão suficientes para fazer acontecer ações de mobilização social para despertar na sociedade a necessidade urgente de reação contrária (pacífica) aos abusos praticados contra a pessoa humana. Estamos perdendo toda uma geração de expoentes e potencialidades devido à realidade desse mundo, onde adolescentes e jovens são retirados violentamente do seio das suas comunidades e assassinados gradualmente.

Em razão da opção governamental pela preferência na adoção de ações sobre as consequências e não sobre as causas, sempre se pergunta qual o melhor caminho a seguir: atacar a violência ou adotar mecanismos de desenvolvimento social, econômico e cultural das pessoas de etnias excluídas? Combater a violência com a aplicação de métodos violentos não é a melhor opção. Cria-se um círculo vicioso de ação de injustiças praticadas e reação, em que não se alcança resultado positivo algum e os mais penalizados são os mais pobres e necessitados.

Esses que já am por privações sofrem mais ainda com a desorganização e os desmandos de governos e governantes, que deveriam, acima de tudo, ser os garantidores da vida humana, da proteção integral e incondicional à pessoa, seja na forma individual ou na coletiva. O modelo de Estado implantado no Brasil e no mundo está desgastado e quase que totalmente falido, uma vez que não desenvolve a atribuição que lhe é constitucionalmente imposta, ou seja, não planeja e não executa o seu digno dever de proteção da vida humana.

Milhões de vozes que ressoam nesse Outono Cinzento, em todas as partes do mundo, exigem das autoridades o fim imediato da violência praticada contra o povo negro e também reivindicam ações de políticas públicas para promoção da igualdade entre as pessoas. As sementes agora lançadas ao solo aguardarão o momento propício e, num breve tempo após esse período frio e cinzento, certamente germinarão, especialmente na Primavera Azul, para aí fazerem nascer as flores e darem os seus frutos.

Axé a todas as vítimas da violência no Brasil e no mundo! Vidas Negras importam!

José Amarante é membro do Movimento Negro Quarto Centenário de Matão

Milhões de vozes exigem o fim imediato da violência praticada contra o povo negro

Fonte: JOSÉ AMARANTE

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Comentários p4f4d

  • Haroldo FALCÃO 1e205l
    18/06/2020 - 11:28
    Muito bom texto, somente adicionaria que apesar dos negros e pardos serem a maioria impactada, hoje há muitos brancos na periferia, impactados pelo resultado da política implementada por esses políticos corruptos, que como diz bem o texto, matam mais do que bala de revólver. Por isso precisamos olhar paramos mais carentes, negros, pardos, mestiços e brancos.... Caso contrário, o que será dos pobres meninos brancos pobres? termino com a seguin


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